Parece que sou todo instinto...

" A LINGUAGEM ADMITE A FORMA DUBITATIVA QUE O MÁRMORE NÃO ADMITE"
"A GRAMÁTICA APARECEU DEPOIS DE ORGANIZADAS AS LÍNGUAS. ACONTECE QUE MEU INCONSCIENTE NÃO SABE DA EXISTÊNCIA DAS GRAMÁTICAS, NEM DE LÍNGUAS ORGANIZADAS. E COMO DOM LIRISMO É CONTRABANDISTA"
Prefácio Interessantíssimo/Mário de Andrade

(pesquisem nos sites sugeridos
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sábado, 17 de outubro de 2009

O RETRATO OVAL /EDGAR ALLAN POE – FICÇÃO COMPLETA – CONTOS DE TERROR, MISTÉRIO E MORTE

O Castelo cuja entrada meu criado se aventurara a forçar para não deixar que eu

passasse a noite ao relento, gravemente ferido como estava, era um desses monumentos

ao mesmo tempo grandiosos e sombrios que por tanto tempo se ergueram carrancudos

entre os Apeninos, tanto na realidade como na imaginação da Sra. Radcliffe. Segundo

todas as aparências, tinha sido temporária e muito recentemente abandonado.

Aboletamo-nos em uma das salas menores e menos suntuosamente mobiliadas,

localizada num afastado torreão do edifício. Eram ricas, embora estragadas e antigas suas

decorações. Tapeçarias pendiam das paredes, adornadas com vários e multiformes

troféus de armas, de mistura com um número insólito de quadros de estilo bem moderno

em molduras de ricos arabescos de ouro. Por esses quadros, que enchiam não só todas

as paredes, mas ainda os numerosos ângulos que a esquisita arquitetura do castelo

formava, meu delírio incipiente me fizera talvez tomar profundo interesse. Assim é que

mandei Pedro fechar os pesados postigos da sala pois já era noite, acender as velas de um

enorme candelabro que se achava à cabeceira de minha cama e abrir completamente as

franjadas cortinas de veludo preto que envolviam o leito. Desejei que tudo isso fosse feito,

a fim de que pudesse abandonar-me senão ao sono, pelo menos, alternativamente, à

contemplação desses quadros e à leitura de um livrinho que encontrara sobre o

travesseiro e que continha a critica e a descrição das pinturas.Li, li durante muito tempo

e longamente contemplei aqueles quadros.

Rápida e esplendidamente as horas se escoaram e a profunda meia-noite chegou. A

posição do candelabro me desagradava e, estendendo a mão, com dificuldade, para não

perturbar o sono do criado, coloquei-o de modo a lançar seus raios de luz em cheio sobre

o livro.

Esse gesto, porém, produziu um efeito totalmente inesperado. Os raios das numerosas

velas (pois haviam muitas) caíam agora dentro de um nicho da sala que ate então

estivera mergulhado na intensa sombra lançada por uma das colunas da cama. E assim

vi, plena luz, um retrato até então despercebido. Era o retrato de uma jovem no alvorecer

da feminilidade. Olhei rapidamente para o retrato e depois fechei os olhos. Por que isso

fizera, eu mesmo não o percebi a principio. Mas, enquanto minhas pálpebras

permaneciam fechadas, revolvi na mente a razão de assim ter feito. Era um movimento

impulsivo, para ganhar tempo de pensar, para certificar-me de que minha vista não me

iludira, para acalmar e dominar a fantasia, forçando-a a uma contemplação mais serena e

mais segura.

Logo depois, olhei de novo, fixamente. para o quadro.

Do que então vi claramente não poderia nem deveria duvidar. Porque o primeiro clarão

das velas sobre aquele quadro como que dissipou o sonolento torpor que furtivamente se

apossava de meus sentidos e sem demora me pôs completamente desperto.

O retrato, como já disse, era o de uma jovem. Apenas a cabeça e os ombros, feitos na

maneira tecnicamente chamada vignette, e bastante no estilo das cabeças favoritas de

Sully.

Os braços, o colo, e mesmo as pontas do cabelo luminoso perdiam-se imperceptivelmente

na vaga porém profunda sombra formada pelo fundo do conjunto. A moldura era oval,

ricamente dourada e filigranada à mourisca. Como obra de arte, nada podia ser mais

admirável do que a própria pintura. Mas aquela comoção tão súbita e tão intensa não me

viera nem da execução da obra nem da imortal beleza do semblante. Menos do que tudo

poderia ter sido minha imaginação que despertada de seu semi torpor, teria tomado

aquela cabeça pela de uma pessoa viva. Vi imediatamente que as peculiaridades do

desenho, do trabalho do vinhetista e da moldura deviam ter de pronto dissipado tal idéia,

impedido mesmo seu momentâneo aparecimento. Permaneci quase talvez uma hora semierguido,

semi-inclinado, a pensar intensamente sobre tais pormenores, com a vista fixada

no retrato. Por fim, satisfeito com o verdadeiro segredo de seu efeito, deixei-me cair na

cama. Descobrira que o encanto do retrato estava na expressão de uma absoluta

aparência de vida que a princípio me espantou para afinal confundir-me, dominar-me e

aterrar-me.

Com profundo e reverente temor, tornei a pôr o candelabro em sua primitiva posição.

Afastada assim de minha vista a causa de minha aguda agitação, busquei avidamente o

volume que descrevia as pinturas e sua história. Procurando a página que se referia ao

retrato oval , li as imprecisas e fantásticas palavras que se seguem:

Era uma donzela da mais rara beleza e não só amável como cheia de alegria. E maldita

foi a hora em que ela viu, amou e desposou o pintor. Ele era apaixonado, estudioso,

austero e já tinha na Arte a sua desposada. Ela, uma donzela da mais rara beleza e não

só amável como cheia de alegria, toda luz e sorrisos, travessa como uma jovem corça;

amando com carinho todas as coisas; odiando somente a Arte, que era sua rival; temendo

apenas a paleta, os pincéis e os outros sinistros instrumentos que a privavam da

contemplação do seu amado. Era pois terrível coisa para essa mulher ouvir o pintor

exprimir o desejo de pintar o próprio retrato de sua jovem esposa. Ela era, porém,

humilde e obediente, e sentava-se submissa durante horas no escuro e alto quarto do

torreão, onde a luz vinha apenas de cima projetar-se, escassa, sobre a alva tela.

Mas ele, o pintor, se regozijava com sua obra, que continuava de hora em hora, de dia em

dia, e era um homem apaixonado, rude e extravagante, que vivia perdido em devaneios;

assim não percebia que a luz que caía tão lívida naquele torreão solitário ia murchando a

saúde e a vivacidade de sua esposa, visivelmente definhando para todos, menos para ele.

Contudo, ela continuava ainda e sempre a sorrir, sem se queixar, porque via que o pintor

(que tinha alto renome) trabalhava com fervoroso e ardente prazer e porfiava, dia e noite,

por pintar quem tanto o amava, mas que todavia, se tornava cada vez mais triste e fraca.

E, na verdade, alguns que viram o retrato falavam em voz baixa de sua semelhança como

de uma extraordinária maravilha, prova não só da mestria como de seu intenso amor por

aquela a quem pintava de modo tão exímio. Mas afinal, ao chegar o trabalho quase a seu

termo, ninguém mais foi admitido no torreão, porque o pintor se tornara rude no ardor

de seu trabalho e raramente desviava os olhos da tela, mesmo para contemplar o

semblante de sua esposa. E não percebia que as tintas que espalhava sobre a tela eram

tiradas das faces daquela que se sentava a seu lado. E quando já se haviam passado

várias semanas e muito pouco a fazer, exceto uma pincelada sobre a boca e um colorido

nos olhos, a alegria da mulher de novo bruxuleou, como a chama dentro de uma

lâmpada. E então foi dada a pincelada e completado o colorido. E durante um instante o

pintor ficou extasiado diante da obra que tinha realizado mas em seguida, enquanto

ainda contemplava, pôs-se a tremer e, pálido, horrorizado, exclamou em voz alta: "Isto é

na verdade a própria vida. Voltou-se, subitamente, para ver a sua bem-amada... Estava

morta!

O PROFESSOR TÁ SEMPRE ERRADO

Quando...



..é jovem, não tem experiência;



..é velho, está superado;



..não tem automóvel, é um coitado.



..tem automóvel, chora de "barriga cheia";



..fala em voz alta, vive gritando;



..fala em tom normal, ninguém escuta;



..brinca com a turma, é metido a engraçado;



..não brinca com a turma, é um chato;



..chama à atenção, é um grosso;



..não chama à atenção, não sabe se impor;



..a prova é longa, não dá tempo;



..a prova é curta, tira as chances do aluno;



..no falta ao colégio, é um "Caxias";



..precisa faltar, é um "Turista";



..conversa com os professores, está "malhando" os alunos;



..não conversa, é desligado;



..dá muita matéria, não tem dó dos alunos;



..dá pouca matéria, não prepara os alunos;



..escreve muito, não explica;



..explica muito, o caderno não tem nada;



..fala corretamente, ninguém entende;



..fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário;



..exige, é rude;



..elogia, é debochado;



..o aluno é reprovado, é perseguição;



..o aluno é aprovado, "deu mole";

É, o professor está sempre errado, mas... se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele !!!



[Desconheço a autoria]







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sábado, 3 de outubro de 2009

gabarito do 1º ano

Questões de 1 a 9 ver respostas no caderno de exercícios
10-- e
11- a
12- b
13- a
14-b
15- c
16- d
17- c

Galera, desculpe-me pela demora! Cadastrem-se no blog, quero ver quem tá pesquisando! BJS

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

GABARITO DA AVALIAÇÃO DO 2º ANO

1- C
2-
    I- v
    II- v
   III- v
   IV- f
   V- F
3-  I  e II
4-Ver apostila
5- c
6- d
7- b
8-b
9-b
10-c
11-a
12-b
13-a
14- c
15-d
16- c
17-b
É isso aí galera!!! Desculpe a demora. cadastre-se como seguidor, quero saber quem estuda e pesquisa!
BJAO
Profª Jac